o sangue corre
nas veias como se fosse
um gesto que morre
no açúcar do algodão doce
tem a cor
da alma cheia
de pranto sem dor
como a rua da minha aldeia
§
feita a penitência
volta a paz cinzenta
a breve ausência
de uma fé que se lamenta
Archive for Março, 2013
Aleluia
Posted in Poesia, tagged REM on 30 /Março/ 2013| 1 Comment »
Fade in
Posted in Poesia, tagged REM on 27 /Março/ 2013| 6 Comments »
quando se sabe
e se diz que talvez amanhã seja
que o silêncio acabe
mais do que se deseja
o mito transforma-se em algo florestal
onde apenas entram alguns raios de sol fugidios
que se roubam por mal
e se lançam nas correntes calmas dos rios
Oxalá
Posted in Poesia, tagged Being, Cavernas, Closer to the edge, Horizon, Inverno, Puré, Venenos on 26 /Março/ 2013| Leave a Comment »
hoje tive que enfrentar a corrente de ar fria
como se fosse a tua mão
que me apoia a testa quando soluço
mas ao longe eram cores quentes
e surpresas esperadas
irrita-me a romântica ideia de ser conjunto
de ter mais diferença que magia
essa janela virada a sul
por onde entra a ilusão
e as estrelas brilhantes das fadas
que pintam, por momentos, o meu cabelo ruço
austera promessa de conversa sem assunto
sem rumo, as lágrimas que consentes
•
•
se a condição é difusa
diz o que vem depois
sem premeditar o amanhã
reunido todo o clã
de somente nós dois
e onde a vontade é intrusa
crescem os dias
se olhares para o horizonte
de olhos fechados
e mãos vazias
então talvez um dia conte
as estrelas e os pecados
¤
justo é aquele que diz
que pode e deve, sem ser juiz
21
Posted in Poesia, Terra, tagged Gray, Horizon, Poesia, Poste, REM on 21 /Março/ 2013| Leave a Comment »
todos os dias me deito
e na cabeça despontam
palavras que doem no peito
que de tanta escuridão não aguentam
o abandono e a incerteza
mais do que uma gota de água doce
mais, muito mais que meditação
tudo o que imagino mais não fosse
um bater suave do coração
uma vela perfumada sempre acesa
só quando a morte junta as mãos
se recorda a vida que se finou
tristezas, alegrias e senãos
e tudo o que por dizer, ficou
mas onde há lágrima
há ombro e conforto
há barco, farol e porto
¨
o olhar volta-se para cima
onde há sol, noite ou nuvens
e aí despontam floridas paisagens
e se a poesia parece
uma prosa a florir
tantas vezes me apetece
um caminho árduo seguir
ψ
são apenas palavras constritas
gotas de chuva suave
são imagens quando ditas
feridas que a leitura lave
A poem should be wordless
Posted in Poesia, tagged Interior, Poesia, Puré on 13 /Março/ 2013| Leave a Comment »
As a globed fruit,Dumb
As old medallions to the thumb,
Silent as the sleeve-worn stone
Of casement ledges where the moss has grown–
A poem should be wordless
As the flight of birds.
*
A poem should be motionless in time
As the moon climbs,
Leaving, as the moon releases
Twig by twig the night-entangled trees,
Leaving, as the moon behind the winter leaves,
Memory by memory the mind–
A poem should be motionless in time
As the moon climbs.
*
A poem should be equal to:
Not true.
For all the history of grief
An empty doorway and a maple leaf.
For love
The leaning grasses and two lights above the sea–
A poem should not mean
But be.
Archibald MacLeish
Gente
Posted in Poesia, Teste de escrita, tagged REM on 11 /Março/ 2013| Leave a Comment »
Not me
Not the nothing i used to be
Drowning in reels of simetry
Always
All that the sky is
Look up, down on your knees
Redux
Posted in Não classificado, tagged REM on 09 /Março/ 2013| Leave a Comment »
Nobody knows where you are, how near how far
…
Os segredos guardam-se, ou seriam apenas moeda falsa
¿
Nesta condição de temer
Há gesto e esconderijo
Feita de amor e sofrer
De desejos que não exijo
Delay
Posted in Poesia, tagged Amigos, Being, Closer to the edge, Interior, Inverno, Nuvens, Paz, REM on 05 /Março/ 2013| Leave a Comment »
fiquei
senti a proximidade da rotina
da mão que ilumina
a escuridão que roubei
disse
mas ficou cá dentro a semente
a raiva inconsciente
nem uma ideia que se visse
espero
sentado aqui, onde há pausas imensas
longas demais para serem intensas
pobre demais para ser sincero
escreverei
se assim houver páginas vazias
luzes sombrias
– mais não sei