pela manhã, quando me levanto
o cansaço é tanto
que me deito à sombra de mim
e faço um festim
num rio de palavras revolto
um tigre solto
na água fria do passado
¨¨¨¨
saturado da rotina
dessa crítica sem razão pura
baixo de novo a cortina
guardo no bolso a desventura
vou em busca do lilás
fica a neblina para trás
brilha o azul nublado