
ser nada para lá da escuridão
o que se busca é apenas sentir
o vazio
o sonho sem paixão
e tudo o que nunca há-de vir
num abraço ténue e macio
Posted in Poesia, Vida, tagged Amigos, Brothers in arms, Chover no molhado, Closer to the edge, Interior, Outono, Puré on 28 /Novembro/ 2019| Leave a Comment »
ser nada para lá da escuridão
o que se busca é apenas sentir
o vazio
o sonho sem paixão
e tudo o que nunca há-de vir
num abraço ténue e macio
Posted in Poesia, Saudade, tagged Alentejo, Chover no molhado, Interior on 25 /Julho/ 2016| Leave a Comment »
Photo credit: HerLanieShip via Visual Hunt / CC BY-NC-ND
estes dias estão a acabar
para voltarem amanhã – ou depois
retratos de ser – ou estar
e em cada nova há sempre dois
¨
sentes a prisão a cada rotina
és menor que a sede eterna
cada frase tecida em surdina
ecoa nesta caverna
¨
mas para aumentar o contraste
apagas lentamente a memória
e pela sombra deixaste
sete linhas da tua história
¨
onde não há asas para voar
libertas as tuas presas
em cada abraço deixas ficar
as tuas derrotas e certezas
¨
Posted in Poesia, Vida, tagged Being, Cavernas, Chover no molhado, Ironias, Puré, River of tears, Taleiga on 28 /Maio/ 2016| Leave a Comment »
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caminhos
por onde passam os ventos e os sorrisos
os passos são fios de linho
que tecem o que é preciso
depois há o eco suave do trovão
o repetido não!
a protecção da piedade
a justiça da verdade
de ficar e nada ser
apenas agarrar a mão estendida
ocultar as feridas
de todos os poemas que leres
nesse labirinto de sonhos e flores
há medos de todas as cores
Posted in Poesia, Saudade, Vida, tagged Being, Chover no molhado, Closer to the edge, River of tears, Sol on 18 /Maio/ 2016| Leave a Comment »
Photo credit: Wind&Wuthering via Visualhunt.com / CC BY
o meu mundo é satélite
a palavra monólogo
– saciado o apetite,
extinguido o fogo
fica a amargura
do fumo que perdura
”
ser menos que demais
ler pouco, mas do muito
(por tudo paixão tépida)
sempre barco no cais.
tudo sai por intuito
atrás das cortinas da vida
Posted in Cavernas, Poesia, Vida, tagged Being, Chover no molhado, Closer to the edge, Interior, Luz on 06 /Maio/ 2016| Leave a Comment »
sim
há tanto tempo que me sento
em mim
e deixo que o dia venha
carrego a lenha
e o lume
construo uma paixão sem ciúme
no meu olhar férreo e cinzento
já não sei se são lágrimas, mágoas ou muralhas
de tanto rir e chorar ao calhas
Posted in Poesia, Vida, tagged Being, Chover no molhado, Interior on 22 /Janeiro/ 2016| Leave a Comment »
Photo via Visual Hunt
um fim demasiado
um começo inóspito
ser parte de um composto
terra, água e cofre fechado
melodia de trecho inaudito
ficar quieto e não ser desgosto
(…)
chorar no peito da árvore caída no solo
voltar ao indulgente refúgio no colo
buscar resto de abundância na rédea da infância
(…)
entre o tudo e a intermitência
fica o mar chão e a ciência da equação
e alguém que não grita a tua ausência
Posted in Poesia, tagged Chover no molhado, Interior, Puré, REM on 22 /Janeiro/ 2016| Leave a Comment »
Photo via Visualhunt.com
lá fora a chuva murmura
deste lado há o chão e a ilusão
a mão que promete a jura
nas grades duma prisão
guarda-se um pouco de cada momento
numa escala de opaco cinzento
Posted in Poesia, Vida, tagged Chover no molhado, Horizon, Interior, Inverno, Mãe, Paz, Puré on 16 /Janeiro/ 2016| Leave a Comment »
Photo via VisualHunt
se tiveres na mão todos os desejos
viaja pela bruma
onde o vazio se preenche
alguém espera que os dividas
como se fossem as últimas sementes na terra
esperando o sol
e um abraço sem contrapartida
vale todos os beijos
ou coisa nenhuma
mas nessa maré que nunca enche
há tantas lágrimas perdidas
tristeza que a areia enterra
que o horizonte engole
para o outro lado da vida
Posted in Poesia, Terra, Vida, tagged Chover no molhado, Inverno, Ironias, REM, River of tears on 04 /Janeiro/ 2016| 1 Comment »
Posted in Poesia, Vida, tagged Chover no molhado, Interior, Inverno on 04 /Janeiro/ 2016| Leave a Comment »
tantos punhais
que tombam ao vento
nos quintais
ao relento
onde não há nada que traga o futuro
ou até um braço pelo ombro
camisa branca em fato escuro
parca felicidade sem assombro
¨¨
caminhar na lama
acender uma tarde sem chama
dobrar a folha da fama
construir a cama
ainda que seja apenas para um encontro de novenas
¨¨
e essa trindade da partida
(seja ela quando for)
vai até onde o farol a guia
e o lenço voa na despedida
cobre de saudade a dor
rasga o livro de poesia
maldita
dor
e agonia