
essa beleza estranha
que se esconde na incerteza
onde cada lágrima se apanha
numa gota de chuva quente
que se sente na emoção
em nenhum momento de tristeza
(pois ninguém chora nem sente
a redundância de dizer: não!)
Posted in Cavernas, Embriaguez, Fotos, Poesia, Saudade, Terra, Vida, tagged Being, Closer to the edge, Horizon, Ironias, Nina's, Pessoa, Sol on 02 /Dezembro/ 2019| Leave a Comment »
essa beleza estranha
que se esconde na incerteza
onde cada lágrima se apanha
numa gota de chuva quente
que se sente na emoção
em nenhum momento de tristeza
(pois ninguém chora nem sente
a redundância de dizer: não!)
Posted in Poesia, Saudade, Vida, tagged Being, Earth, Fotos, Horizon, Ironias, Mãe, Terra on 23 /Novembro/ 2019| Leave a Comment »
Photo on VisualHunt
nas veias correm o sangue e o vento
tudo é desordem
cá dentro
não há estrada sombria
onde passes e sonhes
no momento da partida e da mudança fria
nas pegadas que deixes
ao sabor da chuva
na curva cega
na folha que cai para sempre
todos os dias
para que lembre
de que nada serve a si
pois ninguém perdeu o que já perdi
e as lágrimas vazias
são o eco e a contrição
da prece que sempre se esquece
na areia quente da tua mão
nas ondas calmas onde o passado navega!
Posted in Não classificado, Poesia, Vida, tagged Closer to the edge, Horizon, Ironias, outdoors, Puré, REM, River of tears on 21 /Dezembro/ 2018| Leave a Comment »
Photo credit: hannes-flo on Foter.com / CC BY
caminhei por entre as palavras perdidas
esperei a noite ébria
julguei que te via
mas era apenas a memória
em tantas noites seguidas
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
é nos momentos de partilha e união
que a lágrima é maior que o não
e me sento no chão
só
olho as estrelas e a lua
e nunca haverá beleza tão nua
que traga uma luz igual à tua
Posted in Poesia, Saudade, tagged Closer to the edge, Horizon, Interior, Ironias, Mãe, Puré, REM on 28 /Agosto/ 2018| Leave a Comment »
Photo on Visual Hunt
já lá vai o dia
e nem sempre se promete
nem jura
com lágrimas de alegria
pois só o eco repete
a saudade que nunca dura
¨¨¨¨¨¨¨¨
sentado
perdi a noção e a paixão
que um dia voará a meu lado
Posted in Poesia, tagged Ironias, REM, Terra on 29 /Abril/ 2017| Leave a Comment »
Photo via Visual Hunt
foi devagar
que o caminho se fez
mas neste lugar
já não há senha de vez
toda a redenção é amarga
líquida e breve
e se a saída é larga
a carga é leve
o domínio das batalhas
e das espadas
sempre teve lugar numa sebenta
mas atirar ao calhas
subir pelo corrimão das escadas
descansar onde ninguém se senta
e aos cinquenta
a sabedoria acalma
a memória é lenta
modela-se a alma
Posted in Não classificado, Poesia, Vida, tagged Horizon, Ironias, Paz, Puré on 15 /Fevereiro/ 2017| Leave a Comment »
Photo via Visualhunt.com
queria
ser a luz do dia
o crepúsculo da tarde
a paz da tempestade
todas essas coisas que todos guardam
numa gaveta cheia
num grão de areia
e esquecem a revolta contida
beijam a ferida
que os sonhos saram
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
ao longe tudo parece menos
acordes serenos
da música habitual
que ouves quando há nostalgia
ou se não houver poesia
nos livros que não escreveste
nas entrelinhas que não leste
nessa rotina sem ritual
>
a noite acompanha-me em silêncio
numa brisa cinza
num manto de encanto
mergulho em mais um início
de dias crescentes
e paixões ausentes
Posted in Poesia, tagged Ironias, Nuvens, Outono on 22 /Setembro/ 2016| Leave a Comment »
Photo via Visualhunt
já
já é tarde
para dar corpo à raiva
sem que ninguém saiba
que a vida nunca guarde
aquilo que não há
dentro dum copo vazio
sujo
partido
breve horizonte ferido
sem lágrimas de sabujo
vénias a mais para compadrio
(…)
deixem-me ser eu e as minhas portas fechadas
as folhas e as memórias perdidas na noite
a lucidez linear das diagonais difusas
o valor incógnito da equação gelada e solúvel
o outono ímpar de outros silêncios tangíveis
a luz imperceptível no firmamento das cinzas quentes
enciclopédia maior de todas as escusas
ébrio de tanta sobriedade
actor sem palco nem bastidores
(…)
por mim não te fascines
toda uma sinfonia desafinada
ainda que imagines
uma abóbora cheia de nada.