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deixem-me!

Photo credit: Lukas Voegelin on VisualHunt

deixem-me o vento pelas costas

deixem-me ser o cavalo sem apostas

ser a fresta na escuridão

não há retorno sem flecha

não há brasa sem mecha

há apenas muitas linhas em cada mão

quero mais mas não quero tanto

quero ter um sorriso no meio do pranto

ter mais que um sim ou um não

o vento é livre

a vida é breve

deixem-me!

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Photo credit: autowitch on VisualHunt

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neste dia

nesta casa vazia

os móveis

ficam imóveis

acumula-se o pó

e fica só

a vontade de esquecer

e aquecer

as mãos inertes e frias

tremendo pelas nostalgias

fechadas numa caixa

atada com uma faixa

vermelha

já sem centelha

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Photo credit: 3B’s on Visualhunt

no instante em que ficas quieto

não é certo

que vás para além da cor

ou do branco e preto

que se dilui no incerto

e no inquieto

vagar do amor

que se torna incolor

por mais que chores e grites

numa pintura onde não existes

nunca morres e nunca corres

e não vais onde vão os demais

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não basta dizer basta!

quando se gasta

tempo perdido

em gradiente diluído

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deriva

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tanto que podia ser e é apenas pranto

breve podia ser o momento

e é apenas vento

quando o nada é tudo

e o linho é veludo

aí o silêncio deixa de ser mudo

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idos todos os beijos

conquistadas as sombras

e as penumbras

perdidas todas as lágrimas que te lembras

resta o descanso breve

o vinho leve

e todos os outros desejos

inertes e sombrios

luminosos e frios

soma de tantos restos

silêncio de outros gestos

o ponto de partida nunca parte

as palavras não se guardam

não se dizem

não doem

o que conta é o número

efémero

finito ou infinito

não há zero nem nada

cicatriz marcada

em pedra de granito

é lá que todas as melodias ecoam

e a coragem sangra a sua dor

ao sol-pôr

conhecido de tantos dias iguais

banais

indeléveis

solúveis

numa maré constante

sem instante

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Photo credit: Scott..? on VisualHunt.com

na sede inteira de uma frase

há espaço imenso para utopia

fica sempre a faltar o quase

para gritar o que queria

quando a vontade é menor que a meia-lua

murmuro no interior da flor morta

sem respeito algum pela mentira crua

caindo suavemente pela linha torta

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Photo on Visualhunt.com

quando transformas as memórias em beleza azul

levadas pelo vento

que sopra de qualquer sul

quebra-se o momento

em que esqueces

tudo o que já mereces

por mais que murmures preces

de uma fé perdida

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o que tens é o que importa

ainda que nada seja

mais que uma folha morta

uma luz que ninguém veja

nas sombras desta vida

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ao longe

Photo on Visual hunt

longos são os dias

que sobem e param

e onde perdias

as lágrimas que te guardam

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já não há esperança

na voz que nunca alcança

o silêncio do vácuo

o brilho do fogo-fátuo

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já não há lume

que acenda

a via láctea

onde um dia iremos

ser nós

a voz

dos extremos

da melodia

do perfume

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Photo on Visual Hunt

há sempre um suspiro perdido no peito

uma andorinha sem jeito

em busca da Primavera

há sempre algo no fundo duma arca

uma paixão parca

que um dia foi sincera

e depois vem a ventania

um por-do-sol no fim do dia

e uma lágrima que se encontra na memória

e um ombro amigo para ouvir a história

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essa beleza estranha

que se esconde na incerteza

onde cada lágrima se apanha

numa gota de chuva quente

que se sente na emoção

em nenhum momento de tristeza

(pois ninguém chora nem sente

a redundância de dizer: não!)

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