não, não há em mim mudança
nem riso nem lágrima, apenas eu
que espera e alcança
que guarda o sol no silencioso breu
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não entendo nem pretendo
escuto mas nem sempre ouço
as palavras e os ritmos em crescendo
já não chego à água do fundo do poço
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deixem-me lá ser o que sou
é tarde para ser diferente
gosto da quietude onde estou
de ser cometa ausente
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já perdi o método e a obsessão
ganhei pouco para além do sorriso
mas se um dia me ouvirem dizer: não!
talvez aí já não seja preciso