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Posts Tagged ‘Cavernas’

deixem-me!

Photo credit: Lukas Voegelin on VisualHunt

deixem-me o vento pelas costas

deixem-me ser o cavalo sem apostas

ser a fresta na escuridão

não há retorno sem flecha

não há brasa sem mecha

há apenas muitas linhas em cada mão

quero mais mas não quero tanto

quero ter um sorriso no meio do pranto

ter mais que um sim ou um não

o vento é livre

a vida é breve

deixem-me!

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sentado em silêncio, viro as costas ao infinito, donde nada trouxe.

continuar… esse desígnio tão linear, pleno de caminhos, de lágrimas, de sorrisos, de palavras inéditas, de livros fechados, de memórias. entende o entretanto inexplicável, pois breve é alegria material, nas cinzas da lareira apagada.

os laços já são apenas traços, diminuídos pelo vento e pela chuva. concedo o abraço da despedida.

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Photo via Visual hunt

o passado

é um presente envenenado

o futuro

é um quarto escuro

 

solta os demónios e os sorrisos

 

de que serve a servidão da melancolia

ou a noite ser dia

de que vale a valência menor da indiferença

ou de quem por nós pensa

 

pensamentos utópicos e imprecisos

 

deixa que a tulipa floresça

que a cor que nunca aparenta apareça

e que a sólida solidão nunca te esqueça

 

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Photo via VisualHunt

 

é esta a praia sem mar

minha forma indefinida pelos anos

sempre pequeno

sereno

caçador de desenganos

pretérito imperfeito de amar

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

habito na ilusão benevolente da partilha

sem óbvia telepatia e fácil empatia

guerreiro maternal sem cartilha

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Photo via Visualhunt.com

 

caminhos

por onde passam os ventos e os sorrisos

os passos são fios de linho

que tecem o que é preciso

depois há o eco suave do trovão

o repetido não!

a protecção da piedade

a justiça da verdade

de ficar e nada ser

apenas agarrar a mão estendida

ocultar as feridas

de todos os poemas que leres

nesse labirinto de sonhos e flores

há medos de todas as cores

 

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sol

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Photo via Visualhunt.com

um dia o palco fica vazio

a plateia pede mais

um compasso vadio

donde nunca sais

fecha-se o pano e a caixa

o jogo de luzes baixa

amanhã vem o sol semibreve que à dúvida nada deve

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Photo credit: ai3310X via VisualHunt.com / CC BY

os olhos nunca ditarão a justiça alheia

em cada passo há a incerteza de seguir

das poucas palavras vinga um epopeia

espera um abraço e um velho sorrir

¨¨

além das muralhas do vento

ouvem-se os sinos de reunião

são batalhas de um sonho violento

nunca vencidas por omissão

¨¨

a manhã avizinha-se terna

se a souberes viver eterna

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moon

outros tantos lugares vagos

insolúveis

onde o amanhã é somente matéria

submissão e desleixo

essas obras feitas de palavras-alvo

seta

aprendizagem fortuita de criança só

sem continuidade nem raízes

num banco de jardim onde não há flores nem cisnes brancos

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nesta vida de fugas

silenciosa

do vento, sinfonia

sem cultivo de rugas

despretensiosa

da ilusão, poesia

¨¨¨¨

se tiveres em ti a verdade mais doce

se gostares da solidão como se o nada fosse

a multiplicação da incógnita infinita

terás sempre que lutar pacificamente com um medo quedo

mas não há sol que iluda

a morte e o pó

pois o amor muda

até ficar só

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Fel

quem dera que o pó cobrisse as entranhas do medo

esse medo que ri

e que encontra moedas gastas debaixo das pedras polidas

ontem parecia o fim da muralha ancestral

de tantos anos de amargura

amargura mestre de armas rombas

mas de novo os duendes pobres manifestaram a sua indiferença

diferente de tudo o que sobra ao final do dia

um encontro entre o nada e o vazio

remédio insano

verdade crua

lágrima nua

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